Humanização: "Não são Números", prontuário afetivo resgata singularidade de pacientes internados por COVID

A rotina exaustiva torna, muitas vezes, o exercer da profissão um trabalho mecânico, a maioria dos profissionais não atentam em conhecer a história de vida de seus pacientes, não sabem seus gostos, seus hobbies, profissão e hábitos. A proposta do prontuário afetivo é trazer humanização para as unidades de internamento Covid, deixando o ambiente acolhedor para o paciente que enfrenta a realidade do tratamento longe dos familiares e reforçar as estrelinhas da humanização, muitas vezes esquecidas na correia do tratar, ele ressalta a cima de tudo que estamos cuidando do amor de alguém, sendo aquela pessoa não meramente um dado estatístico e sim a esposa, a mãe, a filha, a avó de alguém que aguarda ansiosamente o seu retorno.

Comida que mais gosta, música preferida, animal de estimação, nome do marido ou da esposa, dos filhos, dos pais, do namorado ou da namorada, de um livro, programa de televisão, do esporte favorito. São muitas as informações que definem quem é a pessoa por trás do paciente. E são esses detalhes que constroem o prontuário afetivo dos internados no Hospital Eduardo Campos.

Antes da confecção dos prontuários afetivos, que são fixados ao lado das informações clínicas do paciente, no leito, o conteúdo fica registrado no sistema eletrônico. A equipe Psicossocial conversa com familiares, que passam as informações. Após a conferência dos dados, tudo é preparado de forma colorida e lúdica. Além de levarem as informações no documento, a equipe multiprofissional também coloca a música preferida para o paciente ouvir.

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